terça-feira, 24 de março de 2009

I Festival Internacional da Sanfona é um sucesso

Oficinas e palestras enriqueceram a programação

Shows na Orla Nova atraíram multidão

Gravação do DVD de Targino lotou o Centro de Cultura

O italiano Mirco Patarini mostrou os acordes da sanfona em estilo erudito
Tendo o Velho Chico como testemunha e o som do fole da sanfona, tocada nos mais variados estilos musicais, foi encerrado no último sábado (21) o I Festival Internacional da Sanfona. E embora essa seja a sua primeira edição o evento já é consagrado como um sucesso de público, participação e principalmente de divulgação da cultura popular brasileira.

O evento iniciado no dia 16 reuniu instrumentistas de todo país e também do exterior como é o caso do concertista Italiano, Mirco Patarini, que encantou a todos tocando sanfona de forma erudita. Mas o que levou a galera ao delírio mesmo foi ver o encontro do gaúcho Renato Borghetti, tocando uma mistura de jazz com vanerão, chote, milonga e chamamé com o carioca Osvaldinho do Acordeon, tocando do forró ao clássico, momento considerado um dos pontos altos da última noite de shows.

“Adoro participar de festivais, e esse que tem como objetivo resgatar e divulgar o valor do instrumento para a nossa música é importantíssimo. É muito bom trabalharmos para divulgar a cultura do nosso país e aqui podemos ver isso: a sanfona ou gaita mostrando o seu valor” garante Borghetti.

Nomes como Elba Ramalho, Dominguinhos, Luizinho Calixto, Mestre Camarão, Cisinho de Assis, Jó Miranda, Raimundinho do Acordeon, Flavio Baião, Orquestra Sanfônica de Recife e de Aracajú, Clã Brasil, entre outros fizeram parte da programação de shows, além dos que já foram citados. Atividades educativas como palestras que mostraram a vida e obra dos homenageados nessa edição do festival, Luiz Gonzaga e Sivuca e também a discografia de Dominguinhos enriqueceram o evento. Não podemos esquecer das oficinas de sanfona que tiveram como professores o Mestre Camarão e Luizinho Calixto e da exposição que trouxe diretamente de Campina Grande, parte do acervo do Museu Fonográfico Luiz Gonzaga e vários modelos de sanfona da coleção particular de Lauro Valério, representante da Scandalli no Brasil, que esteve presente em todo o evento.

“Para mim é muito gratificante participar do festival, é o primeiro internacional que participo, estou revendo amigos e levando conhecimento para os que estão interessados em conhecer a sanfona de 8 baixos”, afirma Luizinho Calixto, que ministrou a oficina de sanfona de 8 baixos, acrescentando que estão todos de parabéns pela realização principalmente Targino Gondim (diretor artístico) e Celso de Carvalho (diretor geral).

Outro ponto de destaque na programação foi a gravação do segundo DVD de Targino Gondim, que esgotou a lotação do Centro de Cultura João Gilberto e contou com a participação especial de Elba Ramalho, Dominguinhos e do percussionista Peu Meuray. Um show de musicalidade que levou ao delírio quem assistiu.

“Estou muito satisfeito com o resultado do festival são 3 anos consecutivos de trabalho e ver tudo realizado é muito bom, agora vamos trabalhar para a próxima edição, avaliar as falhas cometidas nessa para que não sejam repetidas. E já podemos adiantar que no ano que vem os homenageados serão Dominguinhos e Osvaldinho. Só tenho que agradecer a todos que diretamente ou indiretamente contribuíram para essa realização e principalmente ao público pela sua participação”, enfatiza Targino.

Para o funcionário público e sanfoneiro nas horas vagas, Vladenilson Domingues, iniciativas como a realização do festival são sempre bem vindas, “aproveitei tudo o que pude, fiz oficina, participei de palestra e assisti a shows maravilhosos”, declara. Já o estudante e radialista Danilo Ribeiro diz que a iniciativa, dos realizadores, demonstra audácia e coragem por realizar tão importante evento que visa edificar e manter em evidencia a sanfona e tudo que gira ao redor dela. “Adoro estas programações de resgate ou manutenção da nossa cultura, isso é a conservação das nossas origens e tradições”, finaliza Ribeiro.

O evento gratuito sobre o universo da sanfona aconteceu nas cidades de Juazeiro e Petrolina, entre os dias 16 e 21 de março de 2009, sob curadoria do cantor, sanfoneiro e compositor Targino Gondim e direção geral de Celso de Carvalho, tendo como patrocinadores a Petrobras e a Natura através da Lei Rouanet e o apoio dos Governos Federal e estadual além da Prefeitura Municipal de Juazeiro.



quinta-feira, 19 de março de 2009

História de Sivuca é apresentada em palestra

Palestra lotou auditório

Trajetória do artista foi apresentada por sua filha única Flávia Barreto e Fernando Gasparini


Um passeio musical e histórico pela vida e obra de Sivuca foi o que os participantes da palestra que aconteceu na noite de ontem (18), no Grande Hotel de Juazeiro poderam conferir. A palestra proferida pela filha única do artista, Flávia Barreto juntamente com o jornalista Fernando Gasparini compõe a programação do I Festival Internacional da Sanfona.

A palestra atraiu participantes de diversas cidades como Recife, Jequié, Uauá e apresentou a trajetória do artista revelando a versatilidade e grandiosidade da sanfona, não só para a cultura brasileira, mas para a música. Segundo a palestrante Flávia Barreto, a palestra apresentada em Juazeiro mostra o resultado de uma pesquisa desenvolvida pelo Projeto Sivuca – Maestro da Sanfona Brasileira, uma iniciativa inédita de levantamento do acervo e resgate da memória do artista.

“O legado de Sivuca abriu caminhos para se criar uma verdadeira escola de sanfona no Brasil e no mundo. Ao levar a sanfona para a música clássica e criar arranjos e orquestrações sobre temas gonzagueanos, Sivuca revelou a universalidade da música nordestina, fazendo de canções populares do povo sertanejo a inspiração para uma obra erudita sem precedentes e estamos mostrando isso para todas as pessoas que participam das palestras”, explica a palestrante.

João Mendes é radialista, veio de Jequié para acompanhar a programação do Festival e assistiu a palestra ‘Sivuca, Música e História’, “toda a minha vida foi voltada para a vida e obra de Luiz Gonzaga não podia deixar de participar desse festival que tem como tema a companheira inseparável do Rei do Baião, a sanfona e hoje vim assistir a palestra para aprender um pouco mais sobre a obra de Sivuca e também divulgar em Jequié, enfatiza. Já o bailarino e coreógrafo Fred Salim, que veio de Recife, a palestra foi uma oportunidade de conhecer mais detalhes sobre a história do artista que ele conheceu e acompanhou em alguns trabalhos. “A palestra é emocionante mostra toda a vida artística de Sivuca, e preserva o lado pessoal, fato que considero muito importante”, pontuou Salim.

Encerrando a programação de palestras do I Festival Internacional da Sanfona acontece na próxima sexta (20) a palestra ‘A Discografia de Dominguinhos’ que será proferida por José Manoel de Lemos Pereira, sociólogo, produtor cultural e pesquisador da música nordestina.












Oficina de sanfona atrai amantes do instrumento

Mestre Camarão é tombado como patrimônio vivi de Pernambuco desde 2002

Oficina atrai alunos de todas as idades


Fazendo parte da programação de atividades formativas do I Festival Internacional da Sanfona, começou na manhã da última quarta-feira (18) a oficina prática de sanfona cromática de 120 baixos. A Oficina está acontecendo no Centro de Cultura João Gilberto, vai até o dia 20 de março e é ministrada pelo Mestre Camarão, patrimônio vivo de Pernambuco.

Para o sanfoneiro Flávio Baião que está participando das aulas, poder aprender com o Mestre Camarão é uma oportunidade imperdível. “Sou sanfoneiro profissional, mas conservo a vontade de sempre aprender mais e ser aluno do Mestre Camarão, essa lenda viva, é maravilhoso”, comenta o sanfoneiro.

Durante os três dias de oficina os participantes terão oportunidade de aprender a manusear a sanfona, acordes e várias técnicas utilizadas com o instrumento. “O que falta em muitos sanfoneiros é o dedilhado, pequenos detalhes que são diferenciais”, assinala Camarão informando que esse é o seu papel durante a oficina: ensinar aos interessados a conhecerem melhor o instrumento, para terem um comportamento melhor com o mesmo e assim melhorarem seu desempenho.

Mestre Camarão - Nascido em 1940, Mestre Camarão começou a tocar sanfona de oito baixos com sete anos. Acompanhava seu pai, o também sanfoneiro Antonio Neto, nas festas em que ele tocava. Mais tarde, aperfeiçoou seu talento, tendo contato com muitos músicos reconhecidos, como Sivuca, Hermeto Pascoal e principalmente, Luiz Gonzaga, com quem gravou “Garoto do Grotão”. Foi Mestre Luz, aliás, quem produziu os dois primeiros álbuns da banda de Camarão, considerado o primeiro conjunto de forró do Brasil. Mestre Camarão foi um dos pioneiros a introduzir no ritmo regional arranjos de sax, trompete e trombone. Hoje, dedica-se principalmente a repassar o que sabe na Escola Acordeom de Ouro, criada por ele mesmo, onde ensina pessoas de 5 a 70 anos. A Escola fica no bairro de Areias, onde Camarão reside.

Sanfona de o8 baixos – Dentro da programação de oficinas acontece ainda nessa sexta-feira (20), das 9h às 12h, no Centro de Cultura João Gilberto, oficina de sanfona de 8 baixos, mais conhecida como ‘Pé de Bode’, que será ministrada por Luizinho Calixto, sanfoneiro a três décadas que escreveu o primeiro manual de oito baixos do país.

Concerto de acordeonista italiano encanta juazeirenses

Mirco Patarini foi aplaudido de pé

Abertura oficial do Festival contou com a presença de várias autoridades

Matingueiros mostrou ao público o som do Sheng Chinês


O acordeonista italiano, Mirco Patarini encantou a todos os presentes no seu concerto na noite de terça-feira (17), no Teatro do Centro de Cultura João Gilberto. O concerto abriu oficialmente o I Festival Internacional da Sanfona, embora as atividades tenham começado na segunda-feira (16), uma realização da Conspiradoria Produções em parceria com Targino Gondim patrocinada pela Petrobrás Bahia e Natura e apoiada pelos Governos Federal, Estadual e Municipal.
Tocando a nossa conhecida sanfona de forma erudita Patarini interpretou clássicos como: La cumparsita de Luciano Fancelli, Cappriccio 24 de Niccolo Pagaini, La Danza delle Sciabole de Kachaturian, entre outros e emocionou a todos, o que levou a ser aplaudido de pé.
Patarini que vem ao nordeste pela primeira vez, embora já tenha vindo outras vezes ao Brasil, vê o estilo nordestino de tocar a sanfona, voltado para o forró, como algo muito interessante. “Ainda não conhecia o ritmo ao vivo, só em gravações. Fico muito feliz em participar desse evento internacional que possibilita uma troca de experiências entre músicos de países e culturas diferentes”, pontua Patarini.
Sheng Chinês – participaram da abertura oficial do festival integrantes do grupo Matingueiros, que apresentaram um solo de Sheng Chinês, instrumento que deu origem a sanfona.
Mirco Patarini - Nasceu em Spoleto (Itália) em 1966. Em 1978 começou a estudar música no CDMI (Centro Didático Musical Italiano), Spoleto. Naquele tempo o acordeon não estava incluído nos cursos do Conservatório Italiano. Em outubro de 1978, ele começou a participar de concursos musicais nacionais, muito comuns na Europa e ficou em primeiro lugar em Ancona, em Pescara, em Recanati. Em 1980, começou a estudar o acordeon de oitenta baixos, em 1981 ganhou o primeiro lugar no pré-campeonato italiano em Castelfidardo, o que lhe deu o direito de participar como o mais jovem concorrente do trigésimo Troféu Mundial do acordeon. Entre 1983 e 1985, ganhou o pré-campeonato italiano mais 3 vezes. Assim, foi classificado para participar nas disputas do Troféu Mundial em Caracas (Venezuela), Caldas da Rainha (Portugal) e, finalmente, no importantíssimo La Caux-de-Fonds (Suíça), onde se tornou o Campeão Mundial com apenas 18 anos. Em 1988 começou a colaborar com o fabricante de instrumentos “Farfisa-Bontempi”, como conselheiro musical e ali ele começou a evoluir no domínio da música eletrônica. Ao mesmo tempo, começou a colaborar também com a “Menghini”, fabricante das famosas sanfonas Scandalli, Paolo Soprani e Menghini. Com este grupo, desenvolveu novos instrumentos e aprimorou o cuidado com a qualidade da sonoridade e dos mecanismos mecânicos do acordeom. A atividade como concertista ampliou seu espectro, desde o repertório clássico até a música moderna; do acordeom acústico ao eletrônico; do trabalho como solista para os concertos para acordeom e computador. Atualmente, Mirco toca na Itália e frequentemente em outros países como Alemanha, Suíça, Luxemburgo, Japão, China, Suécia, Holanda, Canadá, Brasil, EUA, Rússia, Noruega, Egito, Inglaterra, Espanha, etc. Com a família Menghini, ele é proprietário da Menghini, uma sociedade que projeta, produz e distribui acordeões com as marcas “Scandalli”, “Paolo Soprani” and “Menghini”. Em 2003 a Menghini fundiu-se com o fabricante SEM e criou-se a SUONI, empresa da qual Mirco Patarini é o presidente. A marca SEM agora também é produzida pelo grupo, que mantém as marcas tradicionais da Menghini.
Participaram da abertura oficial do festival o Secretário Estadual de Cultura, Marcio Meirelles; o Presidente da Câmara de Vereadores Crisóstomo Lima, o Secretário de Cultura Municipal, Pedro Alcântara Filho; o Diretor de Comunicação da Petrobrás Bahia, Darcles Andrade; representando a Natura, Fernanda Paiva e os Diretores Geral e Artístico, Celso de Carvalho e Targino Gondim.

terça-feira, 17 de março de 2009

Targino Gondim grava seu 2º DVD

Targino grava seu segundo DVD na próxima quinta-feira

Compondo a programação do I Festival Internacional da Sanfona na próxima quinta-feira (19) o cantor e compositor, Targino Gondim estará gravando o seu 2º DVD. Simplesmente Assim, título do álbum traduz o mais puro sentido que tem tido a carreira do sanfoneiro. Considerado por artistas consagrados, a exemplo do cantor Gilberto Gil, como uma das maiores revelações no mundo da música.

No seu novo DVD, que será gravado ás 20 horas, no Centro de Cultura João Gilberto, Targino conta com a participação especial do mestre Dominguinhos, do percussionista Peu Meurray e da cantora Elba Ramalho. Com um repertório composto por 18 músicas, o DVD do multiartista traz canções autorais e frutos da parceria entre Targino e outros grandes compositores, além da releitura de antigos sucessos como "Esperando na janela", "Fingindo que não tá", "Pra se aninhar", e clássicos de Luiz Gonzaga, Humberto Teixeira, Dominguinhos e João Silva.
O show produzido pela Toca Pra Nós Dois em parceria com a Conspiradoria Projetos e Produções, conta ainda com a riqueza cênica preparada por Cássio Lucena e com a coreografia de Cinthia Melo, e a Fértil Cia de Dança.

“Simplesmente assim” – Faixas

Pra se aninhar (Targino Gondim)
Dance forró mais eu (Targino Gondim)
Sou o forró (Targino Gondim / Paulo Marcondes)
Simplesmente assim (Targino Gondim /Otoniel Gondim)
Com o lápis na mão (Walter Lins)
Boato ribeirinho (Nilton Freitas/ Wilson Freitas/ Wilson Duarte)
Deixe estar (Targino Gondim / Teninson Del Rey/Gersinho)
Não dá mais (Targino Gondim/ Alexandre Leão)
Culpa do meu coração (Targino Gondim)
Tereza no salão (Targino Gondim / Walter Lins)
Fingindo que não tá (Targino Gondim)
Tubaina, mortadela e pão (Peu Meurray/ Lucas de Gal)
Juazeiro (Luiz Gonzaga/ Humberto Teixeira)
Minhas desculpas (João Silva)
Um pé no asfalto, outro na buraqueira (Dominguinhos)
Um dito sábio (Gel Varela/ Rogério Lustosa)
Aprendí com o rei (João Silva)
Esperando na janela (Targino Gondim/ Manuca Almeida/ Raimundinho do Acordeom)


Ficha Técnica
Arranjos: Targino Gondim e Tadeu Gouveia
Direção musical: Tadeu Gouveia

Sanfona e voz: Targino Gondim
Guitarra e violão: Tadeu Gouveia
Contra-baixo: Marcos Brasil
Bateria: Emanuel Araujo
Percussão: Aurélio Gomes
Zabumba: Cleilton
Triângulo: Raimundo Suzano
Vocais: Daniele Ramos, Fabiana Santiago, Cleilton

Produção de palco: Rosiel Gondim
Assistentes de produção: Ricardo (Pit Bull), Jonas Batista, Luciano Souto
Produção geral: Regilania Gondim
Produção executiva: Paulo Gondim
Técnico de gravação: Fábio Ramon
Assistente de gravação: Jó Miranda

Stúdio de gravação: Porto do Som
Técnico de som: Marsom e Alexsandro Barbosa
Sonorização e luz: Marsom
Captação de imagem: Dpj Filmes
Direção de fotografia: Paulo Peixinho
Desenho de luz: Haeckel Hohlenwerger
Coreográfica: Cinthia Melo
Elenco: Fértil Cia de Dança
Cenografia e direção cênica: Cássio Lucena

Coordenação de produção: Celso de Carvalho
Administração do projeto: Conspiradoria Projetos e Produções



Palestra sobre Luiz Gonzaga movimenta programação do Festival Internacional da Sanfona

José Nobre Recebeu Troféu de Pernambucano do Século

Palestra atraiu amantes da obra do Rei do Baião


Quem participou da palestra que aconteceu na noite de segunda-feira (16) sobre ‘A Vasta Obra de Luiz Gonzaga’, no Grande Hotel de Juazeiro foi surpreendido com as várias facetas do artista apresentadas pelo palestrante, José Nobre, pesquisador, mantenedor e fundador do Museu Fonográfico Luiz Gonzaga, localizado em Campina Grande.

Nobre iniciou sua palestra parabenizando as mulheres presentes, pelo dia 8 de março, usando uma gravação do acervo do museu, onde Luiz Gonzaga canta um trecho do clássico ‘Parabéns para Você’. Em seguida foi apresentado um resumo histórico de sua vida, gravações, produção anual de LP’s entre os anos de 55 e 93, músicas de sua autoria gravadas por outros artistas, entre outros temas.

Segundo o palestrante entre os assuntos abordados durante a palestra o que mais surpreende os participantes é o lado ator do músico e a sua participação em 17 filmes nacionais e um internacional, gravado no México. “Em alguns filmes ele participa com sua música da trilha sonora e em outros ele como ator, pois era um excelente ator. Participou do filme Baião de Ana, rodado na Itália”, disse Nobre acrescentando que outro lado também pouco conhecido de Gonzagão é o de líder político.

Para a estudante Sâmara Souza que foi a palestra movida pelo desejo de conhecer um pouco mais da história do grande homem que foi Luiz Gonzaga, a juventude e a população em geral precisam de mais iniciativas como esta. “Me senti lisonjeada com tudo que vi e ouvi, para mim foi maravilhoso”, enfatiza a estudante. Já o artista plástico Antonio Carlos Coelho de Assis, o Coelhão, ele como juazeirense, nordestino e ouvinte, desde a sua infância das músicas de Luiz Gonzaga não poderia perder uma oportunidade tão importante como esta. “A figura de Luiz Gonzaga, com sua música, influenciou a formação dos nordestinos, com certeza é parte da cultura de cada nordestino, ainda que seja no imaginário. A qualidade do trabalho dele é fantástica e não podemos desperdiçar uma oportunidade como esta: Um grande encontro cultural como este que é o I Festival Internacional da Sanfona”, comentou Coelhão.

Ainda aconteceu durante o evento o lançamento do livro “Luiz Gonzaga – Suas Canções e Seguidores” de autoria de José Marcelo Leal Barbosa, que aproveitou a oportunidade para entregar ao palestrante José Nobre o troféu “O Pernambucano do Século”, que homenageia seguidores de Luiz Gonzaga. Segundo José Marcelo Barbosa mais quatro troféus serão entregues durante o festival para Dominguinhos, Joquinha Gonzaga, Targino Gondim e Mestre Camarão.

Exposições dão inicio ao I Festival Internacional da Sanfona

Exposição apresenta vários modelos de sanfona

Gonzaga gostou do acervo que apreciou


Exposição atraiu os olhares de quem foi ao shopping





Vários modelos de sanfona, novos e antigos e o acervo do Museu Fonográfico Luiz Gonzaga, vindo diretamente de Campina Grande – PB estão atraindo a atenção dos freqüentadores do River Shopping, em Petrolina. A exposição aberta na manhã desta segunda-feira (16) vai até o próximo dia 21 e faz parte da programação educativa do I Festival Internacional da Sanfona.

Para os amantes da obra do eterno Rei do Baião, o acervo do Museu fonográfico apresenta uma diversidade de peças, que mostram as varias facetas da vida de Luiz Gonzaga. De acordo com o mantenedor e fundador do museu, José Nobre muitas peças que estão em exposição mostram o lado político de Luiz Gonzaga, um lado pouco conhecido pelo público.

“O acervo que estamos expondo principalmente a parte de fotografias mostra a atuação política de Luiz Gonzaga, um lado que não é muito conhecido, pois o grande foco da mídia está para o Luiz Gonzaga cantor, compositor, sanfoneiro e esse lado acaba um pouco esquecido”, explica Nobre, acrescentando que Luiz Gonzaga foi um dos maiores lideres políticos que o nordeste já teve, apesar de não ter mandado outorgado.

Para o repentista e compositor, Gonzaga que apreciou com atenção cada peça da exposição a todo o acervo representa um resgate maravilhoso sobre a obra de Luiz Gonzaga, uma das bandeiras da cultura nordestina. “Gonzagão é um ícone do nosso nordeste e fez o que todo artista deveria fazer, antes de se tornar internacional não esqueceu suas origens e essa exposição dentro dessa programação do Festival é uma maravilha para todos nós baianos e pernambucanos”, pontuou o repentista.


Confira a programação para os próximos dias:

EXPOSIÇÕES:

De 16 a 21 de março, das 10h às 22h, no River Shopping, Petrolina-PE.
· Acervo do Museu Fonográfico Luiz Gonzaga – Campina Grande – PB
· Modelos diversos de Sanfona, coleção particular de Valério Sanzovo – Jaú-SP.

OFICINAS PRÁTICAS:

De 18 a 20 de março, das 9 h às 17h, no Centro de Cultura João Gilberto, Juazeiro - Ba.
· Sanfona cromática de 120 baixas. Por mestre camarão, que aprendeu a tocar com seu pai, o sanfoneiro Antônio Neto, participou de 28 gravações com Luiz Gonzaga, criou método próprio de ensaio musical, dirige a Escola Acordeon de Ouro, e é maestro da Oficina Sanfônica de Recife.

Dia 20 de março, das 09h às 12h, no Centro de Cultura João Gilberto
· Sanfona de 8 baixos. Por Luizinho Calixto, sanfoneiro há três décadas, que escreveu o primeiro manual de oito baixos do País e demonstra que os horizontes dos oitos baixos são mais extensos do que as limitações do instrumento fazem imaginar. Integrante de uma família de grandes sanfoneiros, como seu irmão Zé Calixto, aprendeu com, o pai, seu Dideus, recebeu fortes influencias de Luiz Gonzaga e chegou a tocar com Jackson do Pandeiro.

PALESTRAS:

Dia 16/03, às 19h, no Grande Hotel de Juazeiro
· “A Vasta Obra de Luiz Gonzaga”, por José Nobre, pesquisador, fundador e mantenedor do Museu Fonográfico Luiz Gonzaga – Campina Grande – PB. Apresenta gravações raras, imagem, detalhes e curiosidades sobre a Mestre Lua.

Dia 18/03, às 19h, no Grande Hotel de Juazeiro
· “Sivuca, Música e História”, por Fernando Gasparini, jornalista, mestre em comunicação pela Universidade federal Fluminense (UFF) e Flávia Barreto, filha única do artista, pós doutora em Estudos Culturais pela Universidade federal do Rio.

Dia 20/03, às 15h, no Grande Hotel de Juazeiro
· “A Discografia de Dominguinhos”, por José Manoel de Lemos Pereira, sociólogo, produtor cultural e pesquisador da música nordestina. Uma síntese da carreira artística deste grande brasileiro, através de imagens fotográficas e trechos de músicas: suas principais influências musicais, carreira solo, como mais importante, principais seguidores.

ESPETÁCULOS:

Dia 17/03, às 20h no Centro de Cultura João Gilberto
· Concerto Solo, com Mirco Patarini

Dia 19/03, às 20h no Centro de Cultura João Gilberto
· Gravação do DVD “Simplesmente Assim”, com Targino Gondim e participação especial de Dominguinhos, Elba Ramalho e Peu Meurray.

Dia 20/03, a partir das 20h na Orla Nova de Juazeiro
· Grande Show, com Orquestra Sanfônica de Aracajú, Dominguinhos, Targino Gondim e convidados, Elba Ramalho, Cezinha, Luizinho Calixto e Raimundinho do Acordeon.

Dia 21/03, a partir das 20h na Orla Nova de Juazeiro
· Grande Show, com Orquestra Sanfônica de Recife, Oswaldinho, Targino Gondim e convidados, Clã Brasil, Renato Borghetti e Cicinho de Assis.